Ganhar um salário mínimo certamente não é uma tarefa fácil. Boa parte dos trabalhadores brasileiros precisa suar muito a camisa para chegar no final do mês e receber o equivalente a R$ 1,5 mil, de acordo com o Ministério da Fazenda.
O que boa parte desses trabalhadores não sabe é que existe uma maneira muito mais simples de receber esse dinheiro. E para isso eles sequer precisam largar o emprego: vender moedas raras.
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, existem casos de moedas raras que podem ser vendidas por mais de R$ 1,5 mil caso contem com determinadas características. Estamos falando de peças que são muito procuradas por colecionadores.
As moedas de 1 real
É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 1 real do Banco Central 50 anos. Estas peças foram produzidas para homenagear os 50 anos de fundação da instituição, e por isso são consideradas especiais.
Abaixo, você pode conferir uma lista com todas as principais características para que você não se confunda de nenhuma forma no seu processo de procura. As informações, vale lembrar, foram, disponibilizadas pelo próprio Banco Central (BC):
- Material: inox+bronze
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,00 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 30/03/2015 a atual
- Desenho do Anverso: O prédio do Banco Central em Brasília em perspectiva, ladeado pela legenda “50 anos” e pela logomarca da autarquia
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Quando a moeda vale mais de R$ 1,5 mil
Considerando os catálogos numismáticos mais atualizados, pode-se afirmar que as moedas de 1 real do BC 50 podem ser vendidas por até mais do que R$ 1,5 mil caso contem com uma característica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Abaixo, você pode conferir os valores projetados não apenas para essa, mas para outras peças que contam com essa mesma característica:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.