Se você tem uma moeda de 1 real ao alcance da mão agora, analise o ano de fabricação. Caso a peça seja do ano de 2011, saiba que existe uma chance de vender o item por mais de R$ 100 neste ano de 2025.
Mas calma. Isso não significa que todas as moedas de 1 real do ano de 2011 são raras. É preciso prestar atenção aos detalhes porque são eles que podem definir se o exemplar é valioso ou apenas mais uma moeda comum.
A boa notícia é que você não precisa ser necessariamente um especialista na área da numismática para conseguir identificar uma moeda rara. Com as informações corretas, qualquer indivíduo consegue perceber essas nuances.
A moeda de 1 real de 2011
A moeda de 1 real do ano de 2011 faz parte da chamada segunda família do Plano Real. Estas peças começaram a ser fabricadas e postas em circulação ainda no ano de 1998 e fazem parte da nossa vida monetária até hoje.
Para ajudar no processo de identificação destes exemplares, vamos listar abaixo as principais características das moedas de 1 real de 2011 tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: cuproníquel+alpaca
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,84 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transando para o anel dourado, constituindo elemento de segurança da moeda. No anel dourado, referência às raízes étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas indígenas de origem marajoara, e a legenda Brasil.
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem.
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Quando a moeda de 1 real de 2011 vale mais de 1 real
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, as moedas de 1 real do ano de 2011 podem ser vendidas por muito dinheiro caso contem com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Esta é uma característica que está presente até mesmo em moedas de 1 real de outros anos. Veja na imagem abaixo:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.